Mulher de Ferro

O sentimento de estar dentro da armadura a liberdade de estar fora, isso me fez perceber que elas, as armaduras, servem para, proteger, defender e esconder. Assim descobri minha própria armadura, e passei a vivê-la.

Mulher de Ferro problematiza entre outras coisas o corpo, como território, como extensão social, como parte/prótese da extensão de si mesmo.Resistência e Inexistência é um objeto, armadura feita em ferro e pequenas resistências elétricas, moldado no corpo da artista, que serve para ser usado, para aprisionar ou para proteger; revela, por entre suas tramas, a existência do corpo ausente da mesma e se confunde com as coisas do mundo exterior. 

A artista realiza uma performance ao moldar a peça feita em ferro no seu próprio corpo, contando com a parceria do ferreiro, Fábio Soares. Essa vivência sensorial que é desencadeada pelo ato de inserir-se na peça, retoma a experiência do uso do seu próprio corpo como representação de sua imagem. Nua, veste a armadura de ferro. Adéqua ao seu corpo a peça – mimese de si. descobre  armadura que existe nela e passa a vivê-la, e, entre ensaios fotográficos, se defronta com sua própria sombra. Ao final da experimentação, retira-se da, restando apenas uma ausência de sua presença que permanece como experiência vivida, portanto memória e nos registros das fotos performance (Luiz Santos).

As obras Mulher de Ferro (objeto) e Resistência, Inexistência (Fotos Performance), são expostas na mostra da Oficina do Ferro, 2005, e mais uma série de aquarelas, denominada “Resistência, Inexistência” que traz pelo gesto leve da grafia do desenho uma coleção de desenhos aquarelados com o pigmento barro que revelam a leveza da escultura, que mesmo sendo essa feita no ferro, deixa entrever por sua linhas o mundo que a cerca, devolvendo a matéria ferro a leveza do ar.

Essa mostra se junta a “Pele” e se apresentam posteriormente na Galeria Amparo 60, com a exposição” A pele é o que separa o corpo do mundo”, 2005. O objeto “ Mulher de Ferro”, participa de uma performance com a artista no Hospital Psiquiátrico Ulisses Pernambucano durante o Spa das Artes, 2006. Parte da  ação para construção da obra “ Cama sem Pé nem Cabeça”.
 

Principais Obras

Oficina do Ferro

Cama sem pé nem cabeça

Vivência - 2006 - SPA da Artes - Hospital Ulisses Pernambucano, Recife-PE - Fotografia: Rodolfo Athayde. Amélia Couto
- Veja o catálogo: Revista SPA das Artes

Resistência, Inexistência

Exposição Coletiva - Instalação - 2006 - Naifs Entre Culturas - Sesc Piracicaba, SP
- Veja o catálogo: Naïfs Entre Culturas

A pele é o que separa o corpo do mundo

Exposição Individual - 2005 - Galeria Amparo 60 - Recife, PE - Fotografia: Fred Jordão

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